12.6.07

Eu sempre soube e continuo descobrindo

Amada, hoje faz três anos que nos encontramos por vontade e não por acaso. Você conhece a história: eu te dei o cartão, você achou que eu ia viajar, escreveu, eu respondi e acabamos neste Café Suplicy.

O Dia dos Namorados caiu num sábado. Já não lembro se fomos juntos ou nos encontramos aqui. Acho que foi a segunda opção. Para disfarçar o nervosismo e também passar o tempo (que é sempre preguiçoso com os ansiosos), acho que levei livros. E caderninho e mochila e as tranqueiras que eu me acostumei a carregar depois de tanto vagar pelo mundo.

É estranho, depois de três anos, imaginar o encontro neste dia, você chegando e eu sem saber o que esperar. Hoje nossas vidas estão impregnadas um do outro. Naquele momento você era uma primavera de olhos azuis e cabelos cacheados que lia Fernando Pessoa e era amiga da minha prima.

Não sei se é por estar escrevendo agora e não há três anos, mas no íntimo, tenho a impressão de ter sabido desde o aniversário da Tereza tudo o que de importante havia para ser sabido sobre você. E tem muita coisa ainda que atualmente vou descobrindo que já sabia.

Esses dias, por conta da história dos caderninhos, por exemplo, fiquei sabendo da importância e da força da sua decisão, quando você decidiu romper com o Fernando para ficar comigo. Essa decisão tinha peso, raiz, história, chão e muita seiva-sentimento dentro dela. Olhando para trás, eu sabia disso o tempo todo e mais uma vez me surpreendi.

Sou a cada dia mais apaixonado por você. Sou grato à vida pela oportunidade de me presentear com um sonho de amor. Com você, cada dia eu amo mais e vivo pelo amor, em sua sutileza e com sensação de que as outras coisas ou não existem ou são apenas acessórios para se chegar a ele.